Salmo 144 - Ação de Graças pela Vitória

[Nova versão Internacional] O Salmo 144 pertence ao Livro V do Livro dos Salmos. David é tratado como um rei que serve como referência e modelo.

Salmo 144 pertence ao Livro V do Livro dos Salmos, que é composto por uma coleção de 150 textos poéticos organizados por 5 Livros. O Livro dos Salmos, pela sua sabedoria e princípios básicos da ação do Homem, é considerado o coração do Antigo Testamento. O Livro V engloba os Salmos 107 a 150. O Salmo 144 está dividido em 15 Versículos.

Os Salmos são poemas-orações dirigidos a Deus, sendo a forma privilegiada de nos dirigirmos e falarmos com Ele. Estas orações, representam as vivências humanas e a consciência religiosa. Retratam o homem comum, com as suas falhas, inseguranças, medos e esperanças e, ainda hoje, nos podemos identificar com o Salmista e inspirarmo-nos nestes textos rezar e suplicar a Deus quando nos sentimos perdidos e angustiados ou para expressar a nossa gratidão por alguma benção recebida.

"Há inimigos ou amigos, há a vida ou a morte, a saúde ou a doença, a dor ou a alegria e, a maior parte das vezes, não há cambiantes ou gradações. As palavras são como pedras e as poesias como penedos esculpidos a cinzel"; "Os Salmos são um pouco como os carreiros da montanha, simples, especialmente quando se caminha sobre a neve, mas que conduzem aos cumes; são carreiros em direção aos cumes do encontro com o Senhor." - Carlo Maria Martini, cardeal de Milão

Salmo 144 - Ação de Graças pela Vitória

1 De David.

Bendito seja o Senhor, meu rochedo,
que exercita as minhas mãos para a luta
e os meus dedos para o combate.

2 Ele é meu aliado fiel e minha fortaleza,
o meu baluarte e meu refúgio;

Ele é o meu escudo e nele confio,
é Ele que submete os povos aos meus pés.

3 Que é o homem, Senhor, para te preocupares com ele?
O que é um ser humano, para nele pensares?

4 O homem é semelhante a um sopro;
os seus dias são como a sombra que passa.

5 Senhor, abaixa os teus céus e desce;
toca nos montes e que eles fumeguem.

6 Faz brilhar os relâmpagos e espalha-os,
prepara as tuas setas e dispara-as.

7 Do alto, estende a tua mão: salva-me e livra-medas águas ameaçadoras e da mão dos estranhos.

8 A sua boca profere mentiras
e com a sua mão direita juram falsidade.

9 Quero cantar-te, ó Deus, um cântico novo;
e tocar para ti com a harpa de dez cordas.

10 Tu és aquele que dá aos reis a vitória,
aquele que livra David, seu servo.

11 Livra-me da espada cruel,
liberta-me da mão dos estranhos.

A sua boca profere mentiras
e com a sua mão direita juram falsidade.

12 Sejam os nossos filhos como plantas novas,
que vão crescendo desde a sua juventude.

Que as nossas filhas sejam colunas bem talhadas,
como na construção de um palácio.

13 Que os nossos celeiros estejam repletos,
a transbordar de uma ponta à outra.

Multipliquem-se por milhares os nossos rebanhos,
por dezenas de milhar nos nossos campos.

14 Que os nossos bois venham bem carregados;
e não haja brechas nem fugas,
nem gritos de alarme nas nossas praças.

15 Feliz o povo a quem assim acontece!
Feliz o povo, cujo Deus é o Senhor!

Significado e Interpretação

O Salmo 144 é um salmo real, semelhante ao Sl 18. O seu conteúdo refere-se a aspetos variados das cerimónias que têm a ver com a realeza. A tonalidade geral corresponde ao modelo de meditação sapiencial sobre a precariedade da vida humana, dimensão que afeta igualmente o rei. Inclui uma súplica em favor do êxito das atividades do rei e dos seus empreendimentos.

Neste Salmo, David já é tratado como um rei que serve como referência e modelo. Depois do esboço de uma liturgia real (Versículos 1-10), vem um pedido de bênçãos para toda a coletividade (Versículos. 11-15). Esta abertura às necessidades de toda a comunidade é uma preocupação que condiz bem com as próprias funções do rei.

Os Salmos Proféticos ou Salmos Régios são orações de louvor ao rei, afirmações do favor de Deus ao rei, orações pelo rei, oráculos reais e descrições da retidão e piedade devidas à figura que tem a responsabilidade de governar o povo.

Estes Salmos eram executados em festas da corte, na presença do rei, em comemorações de vitória sobre um inimigo, entre outras ocasiões que envolviam o governo. Muitas vezes, o texto remete para uma nota messiânica onde certos comportamentos podem levar a determinados desenlaces.

Os Salmos Proféticos reforçam a santidade de Deus, criador de tudo o que existe entre o céu e a terra. Também recordam a sua misericórdia e eterna justiça e a importância de mostrar a sua face ao crente e aos povos. A sua ação oferece um guia de comportamento não só para os indivíduos mas, também, para quem tem a responsabilidade de governar e de aplicar a justiça.

O Livro dos Salmos

A Alegria e Felicidade dos Justos em Comunhão com Deus

Os Salmos são poemas-orações dirigidos a Deus, sendo a forma privilegiada de nos dirigirmos e falarmos com Ele. Retratando o homem comum, com as suas falhas, inseguranças, medos e esperanças, ainda hoje nos podemos identificar com o Salmista e inspirarmo-nos nos Salmos para fazer orações e súplicas a Deus em tempos de angústia ou expressar a nossa gratidão por alguma benção recebida.

Os Salmos, apesar de escritos na Antiguidade ainda hoje comovem, sensibilizam, despertam sentimentos, inspiram e encantam. Neles, podemos identificar angústias e alegrias, sentimentos profundamente humanos, louvores, suplicas, ensinamentos da reflexão da sabedoria espiritual e palavras proféticas.

Escritos para situações distintas, alguns Salmos são intimistas, revelando a relação pessoal do autor com Deus; outros apresentam orientações e conselhos para a vida, outros são composições para eventos litúrgicos específicos, como rituais e peregrinações.

O Livro dos Salmos é composto por uma coleção de 150 textos poéticos e está dividido em cinco partes, denominadas Livros ou Livretes Sálmicos. Cada Livro é encerrado com breves hinos de louvor a Deus. A divisão em cinco partes era considerada como tendo correspondência com os cinco livros de Moisés e presume-se que cada passagem do Pentateuco (cinco primeiros livros da Bíblia, chamado Torá pelos Judeus), era lida em paralelo com o Salmo que lhe correspondia. As suas formas principais são lamentação, súplica, louvor e gratidão.

O Poder da Oração no Diálogo com o Divino

Os Salmos elevam os nossos pensamentos até ao Divino e a oração é o poder da palavra. A oração é a linguagem da fé. Qualquer pensamento, palavra ou imagem dirigido a Deus chama-se oração. É através dela que entramos em contacto com o nosso Deus interior e, por isso, é tão poderosa na transformação da vida. A oração pode produzir milagres, transformar o sonho em realidade, dá-nos a esperança da mudança, da harmonia e da paz connosco e com o mundo.

Cada Salmo tem uma intenção que nos ajuda a meditar e a caminhar ao lado do nosso Deus. Para muitos teólogos, o Livro de Salmos tem um tom profético ou messiânico pois os seus versos referem-se à vinda de Cristo até ao mundo dos homens para os guiar através da incerteza e das dúvidas da existência Humana. 

A oração tem o poder de nos ligar ao Universo Espiritual de modo pleno, honesto, sincero, consciente, com o propósito de autoproteção espiritual, proteção da família e daqueles que nos são queridos, para ter paz mental, espiritual e física, para obter prosperidade e êxito, proteger a saúde e as relações, afastar as energias negativas e, sobretudo, para nos ligar a algo maior do que nós. Desta paz, resulta bem estar, esperança e bondade perante todos e todas as coisas. 

A pode mudar a nossa vida. Dá-nos tranquilidade e força espiritual para enfrentar os desafios. Ajuda-nos a meditar sobre a nossa missão de vida e a criar um ambiente equilibrado e saudável para nós e para aqueles que amamos. Quando orar, encha o seu coração de amor e determinação. Os Salmos irão guiá-lo por um caminho de paz e de comunhão com a energia superior.