Quarto Livro dos Salmos - Salmos 90 a 106

[Nova versão Internacional] O Quarto Livro dos Salmos abrange os SL 90 a 106. São, sobretudo, orações de louvor e de ação de graças a Deus.

O Quarto Livro dos Salmos abrange os SL 90 a 106. São, sobretudo, orações de súplica e hinos de ação de graças a Deus. A linguagem dos Salmos é simples e acessível. Através de metáforas, paralelismos, repetições e outras técnicas de escrita, os autores do Livro dos Salmos retratam a essência mais básica das pessoas e dos povos, enquanto unidade coletiva. Na vida humana surgem uma série de experiências de sofrimento, perseguição, desespero, violência e injustiça. Estas, tal como descritas nos Salmos à centenas de anos, ainda hoje marcam os indivíduos e as sociedades, moldando-as. Por isso, os temas relatados no Quarto Livro dos Salmos são intemporais e várias culturas rezam os Salmos com igual fé e devoção.

O Livros dos Salmos

O Livro dos Salmos é composto por uma coleção de 150 textos poéticos e está dividido em cinco partes, denominadas Livros ou Livretes Sálmicos. Cada Livro é encerrado com breves hinos de louvor a Deus. A divisão em cinco partes era considerada como tendo correspondência com os cinco livros de Moisés e presume-se que cada passagem do Pentateuco (cinco primeiros livros da Bíblia, chamado Torá pelos Judeus), era lida em paralelo com o Salmo que lhe correspondia. As suas formas principais são lamentação, súplica, louvor e gratidão. Os cinco Livros são:

O nome de Salmos, dado aos cento e cinquenta cânticos litúrgicos, deriva do grego Psalmoi e foi cunhado para a tradução grega no séc. III a. C.. Antes disso, pode ter tido outros nomes em hebraico como Mizmorot, termo que significa "Cânticos". O título de de Tefillot, "Orações" poderia igualmente ter andado em uso. Tehillim, que significa "Louvores", foi o nome que acabou por se impor na Bíblia Hebraica.

A Palavra de Deus e Justiça entre os Homens de Paz

A reação das vítimas pode desencadear a violência da vingança e da agressão, perpetuando a cadeia do mal. O sofrimento provocado pela brutal experiência do mal (a perseguição do inimigo, a ameaça mortal da doença, a fragilidade da vida que se aproxima da morte, a desordem interior e relacional do pecado…) é o contexto para o crente/ salmista gritar por Deus, pedir socorro, compaixão, ajuda, perdão.

Da vulnerabilidade pessoal e dos povos, que experimenta o perigo da existência, nasce a transformação interior e a crença de que é possível renascer na confiança e na esperança da misericórdia de Deus. As súplicas que relatam violência e angústia são já um grito de libertação, um pedido de socorro e uma promessa de um futuro melhor na bondade de Deus.

O Quarto Livro dos Salmos

Os temas dos títulos do Quarto Livro dos Salmos são, sobretudo, hinos de louvor e de ação de graças à mão bondosa de Deus e ao seu poder criador. Deus, criador do céu e da Terra, reina e governa sobre todas as coisas e povos. O próprio mundo natural se verga perante a força divina que confere harmonia e consistência a todas as coisas.

Os tempos de paz e abundância são contrapostos à guerra e à destruição. Individual ou coletivamente, este conjunto de Salmos relata uma série de experiências e lamentos que pedem a intervenção da mão justa e sábia de Deus para que seja criada uma nova justiça. Os Salmos terminam com a certeza de que os pedidos de auxílio serão escutados. A fé em Deus e Sua bondade prevalecem sobre as desgraças e os enfieis que caluniam o Salmista ou todo um povo.

  • Salmo 90 - Oração sobre a Brevidade da Vida
  • Salmo 91 - Deus, Justiça, Refúgio e Proteção
  • Salmo 92 - Hino em Louvor da Justiça de Deus
  • Salmo 93 - Deus Governa o Mundo e Reina sobre a Criação
  • Salmo 94 - Confiança na Justiça de Deus, o Juiz do Mundo
  • Salmo 95 - Hino de Exortação ao Louvor de Deus
  • Salmo 96 - Hino a Deus, Rei do Universo
  • Salmo 97 - Louvor ao Reinado Universal de Deus
  • Salmo 98 - Hino de Ação de Graças ao Rei do Universo
  • Salmo 99 - Hino de Louvor ao Rei Supremo e Santo
  • Salmo 100 - Hino de Ação de Graças
  • Salmo 101 - Guia de Conduta do Rei Ideal
  • Salmo 102 - Oração a Deus de um Aflito
  • Salmo 103 - Hino à Misericórdia de Deus
  • Salmo 104 - Hino ao Criador do Universo
  • Salmo 105 - Deus e a História de Israel
  • Salmo 106 - Infidelidades do Povo de Israel

Quem Escreveu os Salmos?

A primeira coleção de Salmos, a mais antiga, é atribuída ao rei Davi (Salmos 3 a 41), antepassado de Jesus Cristo e governante mais carismático da nação de Israel. Outra coleção atribuída a este autor é constituída pelos Salmos 51 a 72, data em que se iniciou o exílio. 

Os Salmos 42 a 49 são atribuídos aos filhos de Coré, levitas que serviam no templo e relatam a peregrinação, as derrotas. Na sua maioria, são anteriores à destruição de Jerusalém. O rei Salomão será o autor de, pelo menos, dois Salmos.

Os Salmos 73 a 83 são atribuídos aos filhos de Asaf, pai de Joá, e personagem citada na Bíblia do Antigo Testamento, sendo anteriores ao exílio. O Salmo 50, atribuído a Asaf, une-se à coleção davídica 3 a 41. Ainda assim, a autoria de muitos Salmos permanece desconhecida.

A Alegria de Viver em Comunhão com a Lei de Deus

Os Salmos são poemas-orações dirigidos a Deus, sendo a forma privilegiada de nos dirigirmos e falarmos com Ele. Retratando o homem comum, com as suas falhas, inseguranças, medos e esperanças, ainda hoje nos podemos identificar com o Salmista e inspirarmo-nos nos Salmos para fazer orações e súplicas a Deus em tempos de angústia ou expressar a nossa gratidão por alguma benção recebida.

Os Salmos, apesar de escritos na Antiguidade ainda hoje comovem, sensibilizam, despertam sentimentos, inspiram e encantam. Neles, podemos identificar angústias e alegrias, sentimentos profundamente humanos, louvores, suplicas, ensinamentos da reflexão da sabedoria espiritual e palavras proféticas.

Escritos para situações distintas, alguns Salmos são intimistas, revelando a relação pessoal do autor com Deus; outros apresentam orientações e conselhos para a vida, outros são composições para eventos litúrgicos específicos, como rituais e peregrinações.

O Poder da Oração

Os Salmos elevam os nossos pensamentos até ao Divino e a oração é o poder da palavra. A oração é a linguagem da fé. Qualquer pensamento, palavra ou imagem dirigido a Deus chama-se oração. É através dela que entramos em contacto com o nosso Deus interior e, por isso, é tão poderosa na transformação da vida. A oração pode produzir milagres, transformar o sonho em realidade, dá-nos a esperança da mudança, da harmonia e da paz connosco e com o mundo.

Cada Salmo, e o Quarto Livro dos Salmos reflete bem estes princípios, tem uma intenção que nos ajuda a meditar e a caminhar ao lado do nosso Deus. Para muitos teólogos, o Livro de Salmos tem um tom profético ou messiânico pois os seus versos referem-se à vinda de Cristo até ao mundo dos homens para os guiar através da incerteza e das dúvidas da existência Humana. 

A oração tem o poder de nos ligar ao Universo Espiritual de modo pleno, honesto, sincero, consciente, com o propósito de autoproteção espiritual, proteção da família e daqueles que nos são queridos, para ter paz mental, espiritual e física, para obter prosperidade e êxito, proteger a saúde e as relações, afastar as energias negativas e, sobretudo, para nos ligar a algo maior do que nós. Desta paz, resulta bem estar, esperança e bondade perante todos e todas as coisas. 

A pode mudar a nossa vida. Dá-nos tranquilidade e força espiritual para enfrentar os desafios. Ajuda-nos a meditar sobre a nossa missão de vida e a criar um ambiente equilibrado e saudável para nós e para aqueles que amamos. Quando orar, encha o seu coração de amor e determinação. Os Salmos irão guiá-lo por um caminho de paz e de comunhão com a energia superior.

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