Salmo 81 - Aliança Eterna de Deus e o Povo Escolhido

[Nova versão Internacional] O Salmo 81 pertence ao Livro III do Livro dos Salmos. O Salmista recorda os mandamentos e as experiências vividas pelo povo no deserto a caminho da terra prometida e a bondade de Deus.

O Salmo 81 pertence ao Livro III do Livro dos Salmos, composto por uma coleção de 150 textos poéticos organizados por 5 Livros. O Livro dos Salmos, pela sua sabedoria e princípios básicos da ação do Homem, é considerado o coração do Antigo Testamento. O Livro III engloba os Salmos 73 a 89. O Salmo 81 está dividido em 17 Versículos.

Os Salmos são poemas-orações dirigidos a Deus, sendo a forma privilegiada de nos dirigirmos e falarmos com Ele. Estas orações, representam as vivências humanas e a consciência religiosa. Retratam o homem comum, com as suas falhas, inseguranças, medos e esperanças e, ainda hoje, nos podemos identificar com o Salmista e inspirarmo-nos nestes textos rezar e suplicar a Deus quando nos sentimos perdidos e angustiados ou para expressar a nossa gratidão por alguma benção recebida. 

"Há inimigos ou amigos, há a vida ou a morte, a saúde ou a doença, a dor ou a alegria e, a maior parte das vezes, não há cambiantes ou gradações. As palavras são como pedras e as poesias como penedos esculpidos a cinzel"; "Os Salmos são um pouco como os carreiros da montanha, simples, especialmente quando se caminha sobre a neve, mas que conduzem aos cumes; são carreiros em direção aos cumes do encontro com o Senhor." - Carlo Maria Martini, cardeal de Milão

Salmo 81 - Aliança Eterna

1 Ao diretor. Sobre a lira de Gat. De Asaf.

2 Alegrai-vos em Deus, nossa força,
aclamai o Deus de Jacob!

3 Erguei um cântico, tocai tambor
e cítara suave juntamente com a harpa.

4 Fazei ressoar a trombeta na lua nova
e na lua cheia, nossos dias de festa.

5 Pois isto é um preceito para Israel,
uma sentença do Deus de Jacob;

6 é um testemunho que deixou em José,
quando saiu da terra do Egito:

"Eu ouvi a voz de alguém que não conhecia.

7 Então retirei os seus ombros do jugo,
as suas mãos deixaram de carregar os cestos.

8 Na angústia, tu chamaste e Eu te libertei,
respondi-te, do meio do trovão.
E pus-te à prova junto das águas de Meribá.

9 Escuta, meu povo, que Eu vou avisar-te!
Ó Israel, vê se me escutas!

10 Não deve existir em teu meio nenhum deus estranho,
nem te prostrarás diante de qualquer deus estranho.

11 Eu sou o Senhor, teu Deus,
aquele que te fez subir da terra do Egito.
Abre bem a tua boca e Eu enchê-la-ei.

12 Mas o meu povo não escutou a minha voz,
e Israel não quis nada comigo.

13 Por isso, entreguei-o à teimosia dos seus corações.
Que eles sigam os seus propósitos.

14 Quem dera que o meu povo me escutasse,
e que os de Israel seguissem os meus caminhos!

15 Num instante, Eu humilharia os seus inimigos
e ergueria a minha mão contra os seus adversários.

16 Os que odeiam o Senhor têm de curvar-se perante Ele,
o seu destino está traçado para sempre.

17 Mas Eu alimentarei o povo com a flor da farinha
e te saciarei com mel dos rochedos".

Significado e Interpretação

O Salmo 81 é uma oração tem características de uma exortação profética. Começa com um hino (Versículos 1-6), convidando para a festa, e integra seguidamente um oráculo divino (Versículos 7-17), que recorda os mandamentos e as experiências vividas pelo povo no deserto.

A lua nova e a lua cheia eram os dois momentos mais significativos do movimento mensal da lua e representavam os dias festivos mais importantes do mês. Elas definiam um ciclo quinzenal de festas, num mês dividido pelas fases da lua em quatro semanas.

O discurso direto usado na maioria dos Versículos do Salmo torna-o numa declaração ou testemunho posto na boca de Deus como mensagem a conservar desde a saída do Egito.

Os Salmos Proféticos ou Salmos Régios são orações de louvor ao rei, afirmações do favor de Deus ao rei, orações pelo rei, oráculos reais e descrições da retidão e piedade devidas à figura que tem a responsabilidade de governar o povo.

Estes Salmos eram executados em festas da corte, na presença do rei, em comemorações de vitória sobre um inimigo, entre outras ocasiões que envolviam o governo. Muitas vezes, o texto remete para uma nota messiânica onde certos comportamentos podem levar a determinados desenlaces.

Os Salmos Proféticos reforçam a santidade de Deus, criador de tudo o que existe entre o céu e a terra. Também recordam a sua misericórdia e eterna justiça e a importância de mostrar a sua face ao crente e aos povos. A sua ação oferece um guia de comportamento não só para os indivíduos mas, também, para quem tem a responsabilidade de governar e de aplicar a justiça.

O Livro dos Salmos

A Alegria e Felicidade dos Justos em Comunhão com Deus

Os Salmos são poemas-orações dirigidos a Deus, sendo a forma privilegiada de nos dirigirmos e falarmos com Ele. Retratando o homem comum, com as suas falhas, inseguranças, medos e esperanças, ainda hoje nos podemos identificar com o Salmista e inspirarmo-nos nos Salmos para fazer orações e súplicas a Deus em tempos de angústia ou expressar a nossa gratidão por alguma benção recebida.

Os Salmos, apesar de escritos na Antiguidade ainda hoje comovem, sensibilizam, despertam sentimentos, inspiram e encantam. Neles, podemos identificar angústias e alegrias, sentimentos profundamente humanos, louvores, suplicas, ensinamentos da reflexão da sabedoria espiritual e palavras proféticas.

Escritos para situações distintas, alguns Salmos são intimistas, revelando a relação pessoal do autor com Deus; outros apresentam orientações e conselhos para a vida, outros são composições para eventos litúrgicos específicos, como rituais e peregrinações.

O Livro dos Salmos é composto por uma coleção de 150 textos poéticos e está dividido em cinco partes, denominadas Livros ou Livretes Sálmicos. Cada Livro é encerrado com breves hinos de louvor a Deus. A divisão em cinco partes era considerada como tendo correspondência com os cinco livros de Moisés e presume-se que cada passagem do Pentateuco (cinco primeiros livros da Bíblia, chamado Torá pelos Judeus), era lida em paralelo com o Salmo que lhe correspondia. As suas formas principais são lamentação, súplica, louvor e gratidão.

O Poder da Oração no Diálogo com o Divino

Os Salmos elevam os nossos pensamentos até ao Divino e a oração é o poder da palavra. A oração é a linguagem da fé. Qualquer pensamento, palavra ou imagem dirigido a Deus chama-se oração. É através dela que entramos em contacto com o nosso Deus interior e, por isso, é tão poderosa na transformação da vida. A oração pode produzir milagres, transformar o sonho em realidade, dá-nos a esperança da mudança, da harmonia e da paz connosco e com o mundo.

Cada Salmo tem uma intenção que nos ajuda a meditar e a caminhar ao lado do nosso Deus. Para muitos teólogos, o Livro de Salmos tem um tom profético ou messiânico pois os seus versos referem-se à vinda de Cristo até ao mundo dos homens para os guiar através da incerteza e das dúvidas da existência Humana. 

A oração tem o poder de nos ligar ao Universo Espiritual de modo pleno, honesto, sincero, consciente, com o propósito de autoproteção espiritual, proteção da família e daqueles que nos são queridos, para ter paz mental, espiritual e física, para obter prosperidade e êxito, proteger a saúde e as relações, afastar as energias negativas e, sobretudo, para nos ligar a algo maior do que nós. Desta paz, resulta bem estar, esperança e bondade perante todos e todas as coisas. 

A pode mudar a nossa vida. Dá-nos tranquilidade e força espiritual para enfrentar os desafios. Ajuda-nos a meditar sobre a nossa missão de vida e a criar um ambiente equilibrado e saudável para nós e para aqueles que amamos. Quando orar, encha o seu coração de amor e determinação. Os Salmos irão guiá-lo por um caminho de paz e de comunhão com a energia superior.