Salmo 143 - Súplica a Deus na Aflição

[Nova versão Internacional] O Salmo 143 pertence ao Livro V do Livro dos Salmos. O Salmista suplica pela bondade de Deus, certo de que as graças que vai receber dependem do seu bom comportamento.

Salmo 143 pertence ao Livro V do Livro dos Salmos, que é composto por uma coleção de 150 textos poéticos organizados por 5 Livros. O Livro dos Salmos, pela sua sabedoria e princípios básicos da ação do Homem, é considerado o coração do Antigo Testamento. O Livro V engloba os Salmos 107 a 150. O Salmo 143 está dividido em 12 Versículos.

Os Salmos são poemas-orações dirigidos a Deus, sendo a forma privilegiada de nos dirigirmos e falarmos com Ele. Estas orações, representam as vivências humanas e a consciência religiosa. Retratam o homem comum, com as suas falhas, inseguranças, medos e esperanças e, ainda hoje, nos podemos identificar com o Salmista e inspirarmo-nos nestes textos rezar e suplicar a Deus quando nos sentimos perdidos e angustiados ou para expressar a nossa gratidão por alguma benção recebida.

"Há inimigos ou amigos, há a vida ou a morte, a saúde ou a doença, a dor ou a alegria e, a maior parte das vezes, não há cambiantes ou gradações. As palavras são como pedras e as poesias como penedos esculpidos a cinzel"; "Os Salmos são um pouco como os carreiros da montanha, simples, especialmente quando se caminha sobre a neve, mas que conduzem aos cumes; são carreiros em direção aos cumes do encontro com o Senhor." - Carlo Maria Martini, cardeal de Milão

Salmo 143 - Súplica a Deus na Aflição

1 Salmo. De David.

Escuta, Senhor, a minha oração,
pela tua fidelidade, atende a minha súplica;
responde-me, pela tua justiça.

2 Não leves o teu servo a julgamento,
pois ninguém é justo na tua presença.

3 O inimigo perseguiu a minha alma
e atirou a minha vida para a terra;

obrigou-me a habitar na escuridão
como os mortos de há muito tempo.

4 O meu espírito desfalece dentro de mim;
o meu coração está desolado no meu peito.:

5 Recordo os dias de outrora,
medito em todas as tuas ações
e penso na obra das tuas mãos.

6 Estendo para ti as minhas mãos;
como terra seca, a minha alma tem sede de ti.

7 Senhor, responde-me depressa;
o meu espírito está a definhar.

Não escondas de mim a tua face,
pois eu seria como os que descem à sepultura.

8 Deixa-me ouvir pela manhã a tua misericórdia,
porque é em ti que eu confio.

Dá-me a conhecer o caminho que hei de seguir,
porque para ti elevo a minha alma.

9 Livra-me, Senhor, dos meus inimigos;
é junto de ti que eu me refugio.:

10 Ensina-me a cumprir a tua vontade,
pois Tu és o meu Deus.

Que o teu espírito bondoso me conduza
por terrenos planos.

11 Para honra do teu nome, Senhor, dá-me a vida!
Pela tua justiça, tira a minha alma da angústia!

12 Pela tua fidelidade esmaga os meus inimigos;
leva à perdição todos os que angustiam a minha alma,
porque eu sou o teu servo.

Significado e Interpretação

O Salmo 143 é uma oração individual de súplica. Este é o último dos Salmos penitenciais, assim chamados apesar de neles se tratar mais frequentemente de perigos que de pecados.

As queixas sobre as quais está fundamentada a súplica são expressas de uma forma que não é muito concreta. O estado de espírito descrito é o de alguém que se sente às portas da morte. Estas fórmulas têm capacidade para representar uma grande variedade de experiências e de situações. O Salmista está consciente de que o acolhimento do seu grito de socorro tem tudo a ver com o seu bom comportamento.

Nos Salmos Penitenciais encontramos sabedoria, louvor e perdão. Tal como os restantes Salmos, foram escritos de forma poética com o intuito de louvar e reverenciar a Deus, mostrando ao homem o modo dEle agir e atuar ao longo de todos os tempos. 

Os Salmos Penitenciais (6; 32; 38; 51; 102; 103; 143), são um pedido de perdão. Têm um caráter de arrependimento, contrição e sacrifício, nos quais se apresenta nitidamente o rigor da Divina Justiça para com o pecador empedernido nas suas faltas.

O orador / Salmista, que se arrepende da má ação cometida, implora a Deus indulgência para com as suas faltas. A partir desta atitude de contrição, nasce uma outra súplica: a de que Deus aplaque a Sua Santa ira e abrande o castigo pela Sua Infinita Bondade Divina.

O Livro dos Salmos

A Alegria e Felicidade dos Justos em Comunhão com Deus

Os Salmos são poemas-orações dirigidos a Deus, sendo a forma privilegiada de nos dirigirmos e falarmos com Ele. Retratando o homem comum, com as suas falhas, inseguranças, medos e esperanças, ainda hoje nos podemos identificar com o Salmista e inspirarmo-nos nos Salmos para fazer orações e súplicas a Deus em tempos de angústia ou expressar a nossa gratidão por alguma benção recebida.

Os Salmos, apesar de escritos na Antiguidade ainda hoje comovem, sensibilizam, despertam sentimentos, inspiram e encantam. Neles, podemos identificar angústias e alegrias, sentimentos profundamente humanos, louvores, suplicas, ensinamentos da reflexão da sabedoria espiritual e palavras proféticas.

Escritos para situações distintas, alguns Salmos são intimistas, revelando a relação pessoal do autor com Deus; outros apresentam orientações e conselhos para a vida, outros são composições para eventos litúrgicos específicos, como rituais e peregrinações.

O Livro dos Salmos é composto por uma coleção de 150 textos poéticos e está dividido em cinco partes, denominadas Livros ou Livretes Sálmicos. Cada Livro é encerrado com breves hinos de louvor a Deus. A divisão em cinco partes era considerada como tendo correspondência com os cinco livros de Moisés e presume-se que cada passagem do Pentateuco (cinco primeiros livros da Bíblia, chamado Torá pelos Judeus), era lida em paralelo com o Salmo que lhe correspondia. As suas formas principais são lamentação, súplica, louvor e gratidão.

O Poder da Oração no Diálogo com o Divino

Os Salmos elevam os nossos pensamentos até ao Divino e a oração é o poder da palavra. A oração é a linguagem da fé. Qualquer pensamento, palavra ou imagem dirigido a Deus chama-se oração. É através dela que entramos em contacto com o nosso Deus interior e, por isso, é tão poderosa na transformação da vida. A oração pode produzir milagres, transformar o sonho em realidade, dá-nos a esperança da mudança, da harmonia e da paz connosco e com o mundo.

Cada Salmo tem uma intenção que nos ajuda a meditar e a caminhar ao lado do nosso Deus. Para muitos teólogos, o Livro de Salmos tem um tom profético ou messiânico pois os seus versos referem-se à vinda de Cristo até ao mundo dos homens para os guiar através da incerteza e das dúvidas da existência Humana. 

A oração tem o poder de nos ligar ao Universo Espiritual de modo pleno, honesto, sincero, consciente, com o propósito de autoproteção espiritual, proteção da família e daqueles que nos são queridos, para ter paz mental, espiritual e física, para obter prosperidade e êxito, proteger a saúde e as relações, afastar as energias negativas e, sobretudo, para nos ligar a algo maior do que nós. Desta paz, resulta bem estar, esperança e bondade perante todos e todas as coisas. 

A pode mudar a nossa vida. Dá-nos tranquilidade e força espiritual para enfrentar os desafios. Ajuda-nos a meditar sobre a nossa missão de vida e a criar um ambiente equilibrado e saudável para nós e para aqueles que amamos. Quando orar, encha o seu coração de amor e determinação. Os Salmos irão guiá-lo por um caminho de paz e de comunhão com a energia superior.