Salmo 14 - Os Ímpios e o Povo de Deus

[Nova versão Internacional] O Salmo 14 pertence ao Livro I do Livro dos Salmos e pertence ao género da exortação profética, questionando o povo sobre o seu comportamento.

O Salmo 14 pertence ao Livro I do Livro dos Salmos, composto por uma coleção de 150 textos poéticos organizados por 5 Livros. O Livro dos Salmos, pela sua sabedoria e princípios básicos da ação do Homem, é considerado o coração do Antigo Testamento. O Livro I engloba os Salmos 1 a 41. O Salmo 14 está dividido em 7 Versículos.

Os Salmos são poemas-orações dirigidos a Deus, sendo a forma privilegiada de nos dirigirmos e falarmos com Ele. Estas orações, representam as vivências humanas e a consciência religiosa. Retratam o homem comum, com as suas falhas, inseguranças, medos e esperanças e, ainda hoje, nos podemos identificar com o Salmista e inspirarmo-nos nestes textos rezar e suplicar a Deus quando nos sentimos perdidos e angustiados ou para expressar a nossa gratidão por alguma benção recebida. 

"Há inimigos ou amigos, há a vida ou a morte, a saúde ou a doença, a dor ou a alegria e, a maior parte das vezes, não há cambiantes ou gradações. As palavras são como pedras e as poesias como penedos esculpidos a cinzel"; "Os Salmos são um pouco como os carreiros da montanha, simples, especialmente quando se caminha sobre a neve, mas que conduzem aos cumes; são carreiros em direção aos cumes do encontro com o Senhor." - Carlo Maria Martini, cardeal de Milão

Salmo 14 - Os Ímpios e o Povo de Deus

1 Ao diretor. De David.

O insensato diz em seu coração:
"Não há Deus".

Eles são corruptos, e abomináveis são as suas ações;
não há quem faça o bem.

2 Dos céus, o Senhor observa os seres humanos,
para ver se existe alguém sensato,
alguém que procure a Deus.

3 Mas todos se extraviaram; uns aos outros se corromperam.
Não há quem faça o bem. Não há nem um sequer.

4 Acaso não o sabem os que praticam a iniquidade,
os que devoram o meu povo como quem come pão
e não invocam o Senhor?

5 Mas eis como eles ficaram aterrorizados,
porque Deus está com a geração dos justos.

6 Vós desprezais o plano do pobre,
mas o Senhor é o seu refúgio.

7 Quem dera que de Sião viesse a salvação para Israel!
Quando o Senhor fizer voltar os cativos do seu povo,
Jacob vai rejubilar, Israel vai alegrar-se.

Significado e Interpretação

O Salmo 14 pertence ao género da exortação profética, questionando o povo sobre o seu comportamento. Primeiro descreve a corrupção existente; depois, define a providência de Deus sobre o povo; e finalmente apresenta uma súplica para que Deus manifeste de novo a sua salvação a Israel.

A opressão de uns homens contra os outros cria a injustiça e os que clamam por igualdade. Sem tomar em consideração a ideia de que Deus está presente e intervém no agir humano, não existe maneira de garantir a justiça entre os homens.

Os Salmos Proféticos ou Salmos Régios são orações de louvor ao rei, afirmações do favor de Deus ao rei, orações pelo rei, oráculos reais e descrições da retidão e piedade devidas à figura que tem a responsabilidade de governar o povo.

Estes Salmos eram executados em festas da corte, na presença do rei, em comemorações de vitória sobre um inimigo, entre outras ocasiões que envolviam o governo. Muitas vezes, o texto remete para uma nota messiânica onde certos comportamentos podem levar a determinados desenlaces.

Os Salmos Proféticos reforçam a santidade de Deus, criador de tudo o que existe entre o céu e a terra. Também recordam a sua misericórdia e eterna justiça e a importância de mostrar a sua face ao crente e aos povos. A sua ação oferece um guia de comportamento não só para os indivíduos mas, também, para quem tem a responsabilidade de governar e de aplicar a justiça.

O Livro dos Salmos

A Alegria e Felicidade dos Justos em Comunhão com Deus

Os Salmos são poemas-orações dirigidos a Deus, sendo a forma privilegiada de nos dirigirmos e falarmos com Ele. Retratando o homem comum, com as suas falhas, inseguranças, medos e esperanças, ainda hoje nos podemos identificar com o Salmista e inspirarmo-nos nos Salmos para fazer orações e súplicas a Deus em tempos de angústia ou expressar a nossa gratidão por alguma benção recebida.

Os Salmos, apesar de escritos na Antiguidade ainda hoje comovem, sensibilizam, despertam sentimentos, inspiram e encantam. Neles, podemos identificar angústias e alegrias, sentimentos profundamente humanos, louvores, suplicas, ensinamentos da reflexão da sabedoria espiritual e palavras proféticas.

Escritos para situações distintas, alguns Salmos são intimistas, revelando a relação pessoal do autor com Deus; outros apresentam orientações e conselhos para a vida, outros são composições para eventos litúrgicos específicos, como rituais e peregrinações.

O Livro dos Salmos é composto por uma coleção de 150 textos poéticos e está dividido em cinco partes, denominadas Livros ou Livretes Sálmicos. Cada Livro é encerrado com breves hinos de louvor a Deus. A divisão em cinco partes era considerada como tendo correspondência com os cinco livros de Moisés e presume-se que cada passagem do Pentateuco (cinco primeiros livros da Bíblia, chamado Torá pelos Judeus), era lida em paralelo com o Salmo que lhe correspondia. As suas formas principais são lamentação, súplica, louvor e gratidão.

O Poder da Oração no Diálogo com o Divino

Os Salmos elevam os nossos pensamentos até ao Divino e a oração é o poder da palavra. A oração é a linguagem da fé. Qualquer pensamento, palavra ou imagem dirigido a Deus chama-se oração. É através dela que entramos em contacto com o nosso Deus interior e, por isso, é tão poderosa na transformação da vida. A oração pode produzir milagres, transformar o sonho em realidade, dá-nos a esperança da mudança, da harmonia e da paz connosco e com o mundo.

Cada Salmo tem uma intenção que nos ajuda a meditar e a caminhar ao lado do nosso Deus. Para muitos teólogos, o Livro de Salmos tem um tom profético ou messiânico pois os seus versos referem-se à vinda de Cristo até ao mundo dos homens para os guiar através da incerteza e das dúvidas da existência Humana. 

A oração tem o poder de nos ligar ao Universo Espiritual de modo pleno, honesto, sincero, consciente, com o propósito de autoproteção espiritual, proteção da família e daqueles que nos são queridos, para ter paz mental, espiritual e física, para obter prosperidade e êxito, proteger a saúde e as relações, afastar as energias negativas e, sobretudo, para nos ligar a algo maior do que nós. Desta paz, resulta bem estar, esperança e bondade perante todos e todas as coisas. 

A pode mudar a nossa vida. Dá-nos tranquilidade e força espiritual para enfrentar os desafios. Ajuda-nos a meditar sobre a nossa missão de vida e a criar um ambiente equilibrado e saudável para nós e para aqueles que amamos. Quando orar, encha o seu coração de amor e determinação. Os Salmos irão guiá-lo por um caminho de paz e de comunhão com a energia superior.