Os Orixás (divindades ou Anjo da Guarda), representam as forças da Natureza através de figuras femininas e masculinas às quais a cultura popular atribui a capacidade de alterar os acontecimentos e o curso natural das coisas. Apesar de divinas, estas figuras representam a natureza humana e a vontade de dominar as forças da natureza.
Oriundas das tribos africanas, os Orixás (Ori=Cabeça + Ixá=guardião), oferecem orientação (oráculo) e proteção e são parte integrante da cultura popular brasileira nos dias de hoje. As oferendas dirigidas a cada uma das divindades são preparadas pelo povo de santo nos Candomblés para realizar os pedidos ou agradecer as graças proporcionadas pelos vários deuses.
Índice
Quem são os Orixás?
Na mitologia, os Orixás foram os primeiros seres a habitar a Terra, e dividem-se em duas qualidades: os Orixás Funfuns e os Orixás de Predominância. No total existem 401 Orixás.
- Orixás Funfuns
Os Orixás Funfuns (Branco) são os seres que criaram o Universo e, por inerência, a Terra. Entre eles, encontramos: Olorum, Aorum, Oorum, Pavenã, Aganju, Olodumarê, Afefé, Oloxum, Odudua, Tempo, Ifá, Obatalá, entre outros.
- Orixás de Predominância
Os Orixás de Predominância descendem dos Orixás Funfuns. A sua função foi povoar a Terra, espalhando semelhantes por todo o mundo. Durante a sua estadia, tiveram inúmeras aventuras devido à sua capacidade de moldar os elementos da Natureza. Depois de passarem pela Terra, estes Orixás recolheram-se em Orum. A partir dai, a sua função foi a de auxiliar o Homem na procura da evolução espiritual e comunhão universal.
A Origem dos Orixás na Cultura Brasileira
De acordo com a tradição popular, os Orixás têm a sua origem nos clãs africanos que levaram os seus cultos e divindades para o Brasil. Antes da diáspora africana, há muito tempo que estes povos veneravam os seus deuses. Segundo a lenda, estas figuras foram inspiradas em mulheres e homens reais, mas com capacidades verdadeiramente extraordinárias. Com o poder da cura e da proteção, intervinham nas forças energéticas da Natureza, através do uso medicinal das ervas ou do fabrico de ferramentas, que colocavam ao serviço de quem lhes prestava culto e homenagem.
Apesar de serem figuras com poderes e representações divinas, os Orixás têm características muito humanas, refletindo as virtudes e os defeitos que definem o temperamento do Homem comum. São, por isso, deusas e deuses que refletem a própria diversidade do carácter da natureza humana.
No Brasil, no período colonial, os povos africanos viram-se proibidos de praticar as suas crenças e rituais. Para contornarem este impedimento e darem continuidade à sua fé, equipararam cada um dos Orixás aos Santos Católicos, numa tentativa de “legalizar” o culto num pais oficialmente católico - o que se designa por Sincretismo. Desta forma, o culto a estas divindades perpetuou-se no tempo tendo, ainda hoje, inúmeros seguidores entre as comunidades africanas espalhadas pelo mundo e, em particular, nas Américas.
Orixás no Candomblé e na Umbanda
O Candomblé é uma religião afro-brasileira derivada de cultos tradicionais africanos, que acredita na existência de um Ser Supremo. O culto desta religião é dirigido às forças da natureza personificadas na forma de figuras divinas: os Orixás, Voduns ou Inquices.
A Umbanda é, também, uma religião brasileira, que agrega vários elementos das religiões africanas, indígenas e cristãs. Formada no início do século XX, no sudeste do Brasil, baseia as suas doutrinas e práticas uma mescla dos princípios do Candomblé, do Catolicismo e do Espiritismo.
Tal como o Candomblé, a Umbanda também presta culto aos Orixás. Contudo, os Umbandistas representam as 12 divindades de modo diferente e prestam culto a três outros espíritos: o Preto Velho, o Caboclo e a Pombagira, divindades que não aparecem no Candomblé.
Os Doze Orixás do Candomblé
Iemanjá ou Rainha do Mar - O Orixá da Geração
É a deusa dos mares e dos oceanos. É considerada a mãe de todos os Orixás sendo representada com seios volumosos, símbolo da maternidade e da fecundidade. É a rainha dos mares e das águas, das ondas, dos maremotos e da pesca. Conhecida, também, como deusa das pérolas, segura a cabeça dos bebés no momento do seu nascimento. Iemanjá rege a família, o lar e as uniões.
Considera-se que Iemanjá é uma força da natureza com um papel muito importante na vida das pessoas, pois rege os lares e as casas. É ela que transmite o sentido de família às pessoas que vivem debaixo de um mesmo teto. Gera o sentimento de amor aos entes queridos, dá sentido e personalidade ao grupo formado pelo pai, mãe e filhos tornando-o coeso. Rege as uniões, os aniversários, as festas de casamento e todas as comemorações familiares. Dá o sentido de união por laços de sangue ou não.
No Rio de Janeiro, em Santos (litoral de São Paulo) e nas praias de Porto Alegre, é comum a oferta ao mar de presentes a este Orixá, tanto na data específica das suas festas, como na passagem do ano.
- Personalidade - Maternal, tranquila, tolerante, carinhosa
- Elemento - Água
- Planeta - Lua
- Número - 4
- Símbolo - Abebé (leque em forma circular, prateado e decorado com peixes), espada e espelho, Lua minguante, ondas e peixe
- Cor - Branco e azul
- Fio de contas - Pedras translúcidas verdes ou azul-claro
- Sincretismo - Nossa Senhora das Candeias, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora dos Navegantes e Nossa Senhora da Conceição
- Dia da Semana - Sábado
- Data comemorativa - 15 de agosto (em algumas casas: 2 de fevereiro, ou 8 de dezembro)
- Oferendas - Feijoada, xinxim (prato da culinária baiana feita com qualquer tipo de carne temperada e refogada em azeite de dendê, com camarão e castanha de caju), inhame (tubérculo usado em diversas receitas brasileiras)
- Sacrifícios - Cabra, galinha, porco
Xangô - O Orixá da Justiça
Xangô, também conhecido como Senhor do Raio, Senhor das Almas ou Senhor Dirigente das Almas, é o Rei das Pedreiras, dos Raios e Trovões e das Forças da Natureza e o Senhor da Justiça. Segundo a tradição, Xangô foi rei de Oyó, cidade da Nigéria. É o protetor das Almas que entram no céu, dos que sofrem injustiças, Senhor Chefe das Falanges do Oriente.
Xangô é o Orixá da Justiça e o seu ponto forte é a razão. Tem a missão de despertar nas pessoas o senso de equilíbrio e de igualdade, valores centrais da conduta humana, e que devem guiar todas as ações de modo a que a vida evolua num fluir contínuo.
- Personalidade - Atrevido, prepotente, viril, justo, autoritário, íntegro, indivisível, irremovível, sábio, ponderado, sábio
- Elemento - Fogo
- Planeta - Júpiter
- Número - 12
- Casas - Casa I (Marte/Áries), Casa V (Sol/Leão) e Casa IX (Júpiter/Sagitário)
- Símbolo - Machado duplo (Oxê)
- Cor - Marrom (branco e vermelho)
- Fio de contas - Marrom leitosa
- Sincretismo - São Jerónimo, Santo António, São Pedro, São João Batista, São José, São Francisco de Assis
- Dia da Semana - Quarta-feira
- Data comemorativa - 30 de setembro
- Oferendas - Amalá (quiabo com camarão seco e dendê). Receita também conhecida como jeje-nagôs de caruru.
- Sacrifícios - Galo, pato, carneiro, cágado
Iansã - O Orixá do Direcionamento
Iansã, é uma guerreira poderosa, senhora dos ventos, ciclones, furacões, vendavais, tempestades e trovões e, também, dona da alma dos mortos. Ao lado de Omolu, foi esposa de Ogum, de forte temperamento e esposa de Xangô.
- Personalidade - Impulsiva, imprevisível
- Elemento - Fogo
- Planetas - Júpiter e Lua
- Símbolo - Espada e rabo de cavalo (enquanto representação de um elemento da Natureza)
- Cor - Coral, marrom e vermelho
- Sincretismo - Santa Bárbara e Joana Darc
- Dia da Semana - Quarta-feira
- Data comemorativa - 4 de dezembro
- Oferendas - Milho branco, arroz, feijão e acarajé (especialidade gastronómica africana e afro-brasileira. É um bolinho feito de massa de feijão-fradinho, cebola e sal, frito em azeite de dendê)
- Sacrifícios - Cabra, galinha
Oxóssi - O Orixá do Conhecimento
Oxóssi é o Orixá da caça e da fartura. Vive na floresta, onde moram os espíritos e está relacionado com as árvores e os antepassados. Relaciona-se com os animais, é um caçador valente e ágil, generoso, propicia a caça e protege contra o ataque das feras. Rei da floresta e da caça, domina a fauna e a flora, gera o progresso e a riqueza que sustenta os Homens já que, através da caça, mantém o sustento e garante a alimentação em abundância. É o grande patrono do Candomblé brasileiro.
- Personalidade - Intuitivo, emotivo, valente, ágil
- Elemento - Terra
- Planeta - Vénus
- Número - 6
- Símbolo - Arco e flecha (Ofá)
- Cor - Verde (no Candomblé: azul celeste claro)
- Fio de contas - Verde leitosas (azul turquesa, azul claro)
- Sincretismo - São Sebastião
- Dia da Semana - Quinta-feira
- Data comemorativa - 20 de janeiro
- Oferendas - Peixe, milho branco, milho amarelo
- Sacrifícios - Galo e bode avermelhados, porco
Ogum - O Orixá Ferreiro e Grande Guerreiro
É o deus da guerra, do fogo e da tecnologia. Representa o arquétipo do guerreiro. É o deus do ferro, a divindade que brande a espada e forja o ferro, transformando-o num instrumento de luta. Bastante popular no Brasil, é associado à luta e à conquista. Depois de Exu, é o deus mais próximo dos seres humanos. É filho de Iemanjá e o irmão mais velho de Exu e de Oxossi.
- Personalidade - Tímido, vingativo, conquistador, operário que transforma a matéria-prima em produto acabado
- Elemento - Terra
- Planeta - Marte
- Número - 2
- Símbolo - Espada (em algumas casas também simboliza ferramentas, ferradura, lança e escudo)
- Cor - Vermelho, azul rei e, em algumas casas o verde
- Fio de contas - Contas e firmas vermelhas leitosas
- Sincretismo - São Jorge e Santo António na Bahia
- Dia da Semana - Terça-feira
- Data comemorativa - 23 de abril (13 de junho)
- Oferendas - Farofa com dendê, feijão, inhame, água, mel, aguardente
- Sacrifícios - Galo e bode avermelhados
Oxum - O Orixá Mãe do Amor
Representa a deusa da água doce (rios, fontes e lagos). É, também, a deusa do ouro, da fecundidade, do jogo de búzios (arte divinatória das religiões tradicionais africanas). Estimula a união matrimonial, favorece a conquista da riqueza espiritual e a abundância material. Atua na vida dos seres estimulando os sentimentos de amor, fraternidade e união.
Oxum também controla a fertilidade. A maternidade é sua grande força, e é a ela que as mulheres que têm dificuldade em engravidar pedem ajuda. Zela tanto pelos fetos em gestação como pelas crianças recém-nascidas, até que estas aprendam a falar. Oxum é, essencialmente, o Orixá das mulheres, preside a menstruação, a gravidez e o parto.
- Personalidade - Maternal, tranquila, delicada, protetora, vaidosa, generosa, cuidadora
- Elemento - Água
- Planeta - Vénus, Lua
- Número - 5
- Símbolo - Abebé (leque em forma circular, feito em latão ou dourado, geralmente, com um espelho no centro, e como figuras de corações), coração, cachoeira
- Cor - Azul (em algumas casas: amarelo dourado)
- Fio de contas - Cristal azul (em algumas casas: amarelo dourado)
- Sincretismo - Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora da Aparecida, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora De Lourdes, Nossa Senhora das Cabeças, Nossa Senhora da Nazaré
- Dia da Semana - Sábado
- Data comemorativa - 8 de dezembro
- Oferendas - Milho branco, xinxim de galinha, ovos, peixes de água doce
- Sacrifícios - Cabra, galinha, pomba
Exu - O Orixá Protetor e Guia da Felicidade
Exu é o mensageiro que faz a ponte entre os Homens e os deuses. É o guardião da porta da rua e das encruzilhadas. É a divindade da criação e da comunicação e, só através dele é possível invocar os Orixás ao fazer a ligação entre os mundos espiritual e material. Exu participa na criação do mundo e de si próprio, assim, a forma fálica do ogó, também simboliza o poder de criação capaz de perpetuar a vida.
- Personalidade - Atrevido, agressivo, brincalhão, irreverente, sensual, astuto, provocador
- Elemento - Fogo
- Planeta - Mercúrio
- Símbolo - Ogó (também designado como cajado, ou bengala, o ogó, tem um formato fálico, sendo feito de madeira e cabaças que fazem referência à anatomia do pénis, simbolizando o seu poder concentrador e semeador. Possui o poder de transportar o Orixá para lugares longínquos em segundos, uma vez que Exu precisa de estar em todos os atos, em todos os domínios)
- Cor - Vermelho, preto
- Sincretismo - Arcanjo Miguel na região Centro-Sul do Brasil, Santo António na Bahia e São Bartolomeu em Pernambuco. É associado ao Papa Legba no vodu haitiano
- Dia da Semana - Segunda-feira
- Data comemorativa - 13 de junho
- Oferendas - Farofa com dendê, feijão, inhame, água, mel e aguardente
- Sacrifícios - Bode, galo preto
Omulu - O Orixá das Doenças e da Saúde
Omulu, também conhecido como Obaluiaiê, Obaluaê ou Abaluaê, é tido como um Orixá sombrio, considerado severo e terrível, caso não seja devidamente cultuado. Porém, torna-se num Pai bondoso e fraternal para aqueles que se tornam merecedores, através de gestos humildes, honestos e leais.
Em termos gerais, Omulu, controla todas as doenças, especialmente as epidémicas. Faz parte da essência básica vibratória do Orixá tanto o poder de causar a doença como o de possibilitar a cura do mesmo mal que criou. Como tal, é um Orixá temido e respeitado pelos crentes.
- Personalidade - Masoquista, esconde a dor que sente, austero, autopunição, insatisfeito com a vida e consigo próprio, materialista, humilde, simpático, caridoso
- Elemento - Terra
- Planeta - Saturno
- Número - 3
- Símbolo - Xaxará (feixe de ramos de palmeira enfeitado com búzios)
- Cor - Preto e branco
- Fio de contas - Contas e miçangas pretas e brancas leitosas
- Sincretismo - São Roque, São Lázaro
- Dia da Semana - Segunda-feira
- Data comemorativa - 16 de agosto (17 de dezembro)
- Oferendas - Pipoca, feijão preto, farofa e milho - tudo regado a dendê
- Sacrifícios - Galo. pato, bode, porco
Nanã - O Orixá da Criação
Também conhecida como Nanã Buruku, Nanã Buru, Nanã Boroucou, Anamburucu, Nanamburucu ou Nanã Borodo, e a deusa da lama e do fundo dos rios, associada à fertilidade, à doença e à morte. Como Orixá tem uma profunda ligação com a morte, sendo a figura que melhor se entende e predomina sobre os espíritos de seres humanos mortos.
Nanã é a matriarca velha, ranzinza, a avó que já teve o poder sobre a família mas que o perdeu para as gerações mais novas, sentindo-se relegada para segundo plano. No entanto, por ser o Orixá mais velho de todos, é muito respeitada e temida pelo seu conhecimento ancestral.
- Personalidade - Vingativa, dissimulada, génio forte, não aceita ser contrariada, não perdoa injustiças e falhas. Por outro lado, representa a benevolência das mães e das avós e recorda o lado protetor materno e feminino.
- Elemento - Terra
- Símbolo - Ibiri (cetro de palha e búzios)
- Cor - Anil, lilás, branco
- Sincretismo - Santa Ana
- Dia da Semana - Terça-feira
- Data comemorativa - 26 de julho
- Oferendas - Milho branco, arroz, feijão, mel e dendê
- Sacrifícios - Cabra, galinha
Ossaim - O Orixá da Cura e dos Milagres
É o deus das folhas e ervas medicinais. Conhece os seus usos e as palavras mágicas (Ofós) que despertam os seus poderes. Também é a divindade responsável pelo sucesso e alcance de bens materiais, ao possuir o dom da feitiçaria. Possui total domínio sobre as plantas, e todos os desuse o procuram para que possam viver com saúde e alcançar o sucesso nos seus projetos.
- Personalidade - Instável, emotivo
- Elemento - Terra
- Símbolo - Lança de ferro no formato de um leque com 6 pontas. No seu centro reside o Pássaro do Poder que tem a capacidade de ir a todos os lugares e trazer relatos
- Cor - Verde e branco
- Sincretismo - São Roque, São Benedito
- Dia da Semana - Quinta-feira
- Data comemorativa - 5 de outubro
- Oferendas - Feijão, arroz, milho vermelho e farofa de dendê
- Sacrifícios - Galo, carneiro
Oxumaré - O Orixá da Serpente e do Arco-Íris
Oxumaré é uma entidade branca ancestral, que participou na criação do mundo enrolando-se ao redor da terra, reunindo a matéria e dando forma ao Mundo. É a divindade que sustenta o Universo, que controla e põe os astros e os oceanos em movimento. É, ao mesmo tempo, de natureza masculina e feminina.
Rastejando pelo Mundo, desenhou os vales e os rios. Transporta a água entre o céu e a terra. É a grande cobra que morde a cauda, representando a continuidade do movimento e do ciclo vital. A cobra é o seu domínio sendo por isso que, no Candomblé, não se matam cobras. A sua essência é o movimento, a fertilidade, e a continuidade da vida.
- Personalidade - Sensível, tranquilo
- Elemento - Água
- Número - 14
- Símbolo - Cobra de metal
- Cor - Verde e amarelo (cores do arco-íris, ou, amarelo rajado de preto)
- Fio de contas - Verde e amarelo
- Sincretismo - São Bartolomeu
- Dia da Semana - Terça-feira
- Data comemorativa - 24 de agosto
- Oferendas - Milho branco, acarajé, coco, mel, inhame e feijão com ovos
- Sacrifícios - Bode, galo, tatu
Oxalá - O Orixá Criador do Homem, O Pai
Oxalá é um Orixá masculino, de origem Ioruba (nagô) bastante cultuado no Brasil, onde costuma ser considerado a divindade mais importante do panteão africano. Na África é cultuado com o nome de Obatalá.
Oxalá é o deus da criação. É o Orixá que criou os Homens. É sinónimo de fé. Ele é o Trono da Fé que, assentado na Coroa Divina, irradia a fé em todos os sentidos e a todos os seres.
Obstinado e independente, é representado de duas maneiras: Oxaguiã, jovem, e Oxulafã, velho. Esta divindade não tem mais poderes que os outros nem é hierarquicamente superior, mas merece o respeito de todos por representar o patriarca, o chefe da família.
- Personalidade - Equilibrado, tolerante, calmo, sereno, pacificador, criador
- Elemento - Ar
- Planeta - Sol
- Número - 10 (Oxalufã), 8 (Oxaguiã)
- Símbolo - Oparoxó (cajado de alumínio com adornos). Estrela de 5 pontas (em algumas casas, a Cruz)
- Cor - Branca
- Fio de contas - Contas e miçangas brancas e leitosas
- Sincretismo - Jesus Cristo e Nosso Senhor do Bonfim
- Dia da Semana - Sexta-feira
- Data comemorativa - 25 de dezembro
- Oferendas - Milho branco, xinxim de galinha, ovos e peixes de água doce
- Sacrifícios - Cabra, galinha, pomba, pata, caracol